sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

AS REDES SOCIAIS

As redes sociais podem se transformar em verdadeiras aliadas da aprendizagem, desde que utilizadas de forma consciente e mediadas pelo educador
As redes sociais podem se transformar em verdadeiras aliadas da aprendizagem, desde que utilizadas de forma consciente e mediadas pelo educador
Imagine a situação: um educador se dirige a seus alunos com o intuito de descobrir quantos deles possuem perfis nas redes sociais. É possível imaginar uma cena na qual quase todas (para não dizer todas, por completo) as mãos estariam erguidas, no sentido de afirmar que ali, ali mesmo, boa parte usufrui de tal recurso tecnológico. Assim, não há como negar que essa se trata de uma realidade imutável.
Em face dela, eis que um questionamento emerge de maneira relevante: como fazer das redes sociais ferramentas aliadas da aprendizagem? Respostas a tal indagação por certo se tornam plausíveis à medida que um dos atributos do educador é buscar meios, subsídios, os quais lhe proporcionarão a eficácia necessária à concretização dos objetivos a que se propõe, mediante a relação de ensino x aprendizagem. Um deles, por excelência, é fazer com que os educandos se sintam motivados a adquirir o conhecimento de que tanto precisam – dada a condição de que atualmente se mostram mais “exigentes” do que nunca. Dessa forma, por que não fazer do espaço virtual um campo fecundo? Pois, mais do que entreter, elas também podem atuar como forma de interação, tornando-se um dispositivo valioso do qual pode se valer o educador no sentido de facilitar seu trabalho em sala de aula.

Com base nessa premissa, o presente artigo tem por finalidade abordar os aspectos benéficos proporcionados pelo uso das redes sociais, desde que utilizadas de forma consciente por ambas as partes (docente x educandos). O primeiro aspecto que deve se levar em conta diz respeito ao contato estabelecido entre o educador e os alunos por intermédio dessas redes. Se tal espaço se concebe como “público”, a imagem do professor, enquanto profissional, deve ser consideravelmente preservada, no sentido de que o professor deve ser concebido como tal dentro e fora de escola. Assim, a forma como deverá proceder não é a mesma que se manifesta dentre um grupo de amigos íntimos. Certa disso, Betina von Staa, pesquisadora da divisão de Tecnologia Educacional da Positivo Informática, afirma:

“O mais importante é fazer com que os professores se lembrem de que não existe tecnologia impermeável, mas comportamentos adequados nas redes”. 

Nesse viés de conduta, o educador pode orientar os educandos no sentido de lhes incutir que os grupos no Facebook ou as comunidades do Orkut atuam como importantes espaços para troca de informações acerca dos conteúdos ministrados em sala de aula. Assim, neles imersos, os alunos poderão ter a oportunidade de indicar links, páginas de instituições, vídeos, reportagens interessantes, as quais poderão, em muito, contribuir para o avanço da aprendizagem. Mas, em meio a esse ínterim, algo é incontestável: a presença do professor como mediador das relações.

De posse das informações colhidas, torna-se propício o momento para sugerir um debate virtual cujo tema pode ser um fato polêmico, atual. Tal procedimento permite que os mais tímidos se posicionem frente à turma e desenvolvam a capacidade argumentativa, tão útil quanto necessária.
Outro aspecto, também benéfico, reside no fato de que o calendário das atividades, tais como a entrega de trabalhos (não excluindo a rotina manifestada no interior da sala de aula, pois isso deve ser concebido apenas como complemento), visitas a peças teatrais, visitas a cinemas, enfim, novidades acerca do universo cultural, podem ser retratados por meio do “Meu calendário” e “eventos”, disponibilizados pelo Facebook. Quanto às dúvidas que forem surgindo, por que não compartilhá-las e, sobretudo, saná-las num espaço a elas destinado? O chat, por exemplo. Contudo, esse não pode ser o único meio de auxiliar os educandos nas necessidades diárias.

Dessa forma, muito já se falou em interação. Vamos, portanto, aos cuidados que se deve ter ao fazer uso do benefício em questão. O primeiro deles é estabelecer regras previamente, as quais devem atuar como um código de conduta. Assim, quem desrespeitá-las estará sujeito (a) a punições cabíveis ao ato. As verdadeiras intenções de se utilizar as redes sociais como aliadas da aprendizagem precisam estar claras para os pais, de modo a não correr o risco de interpretações errôneas.

Por último, sempre haverá aqueles educandos, ainda que em menor proporção, que não usam esses recursos tecnológicos. Dada essa realidade, torna-se imprescindível o fato de eles não se sentirem excluídos, por isso o ideal é fazer uso dessas ferramentas disponibilizadas pela intranet da própria escola. Assim, todos poderão ter acesso.

Por Vânia Duarte
Graduada em Letras

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Celulares e tablets serão usados para fazer diagnóstico de câncer




Pessoas cansadas de esperar por exames médicos talvez não tenham que perder mais tempo com isso. No futuro, elas terão apenas que ligar o celular. Cientistas do Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia da Coreia do Sul afirmam que a tecnologia touch screen de aparelhos inteligentes será aplicada no diagnóstico de várias doenças; inclusive câncer.

Em artigo na revista científica alemã “Angewandte Chemie”, os autores dizem que as telas de celulares, tablets e outros dispositivos podem ser usadas para detectar material biomolecular, assim como acontece com muitos exames médicos atuais. As telas por toque funcionam pelo reconhecimento dos sinais elétricos do contato com os dedos. Então cientistas acreditam que a presença de DNA e proteínas específicas também podem ser analisadas desta forma, segundo Hyun-gyu Park, um dos líderes do estudo.
Químicos biológicos como proteínas e moléculas de DNA também carregam cargas elétricas específicas. E experimentos coreanos mostraram que as telas táteis detectam a presença e a concentração de moléculas de DNA em contato com elas. Este, dizem cientistas, pode ser um primeiro passo para usar o celular em exames de diagnóstico.

— Confirmamos que as telas de toque são capazes de reconhecer as moléculas de DNA com cerca de 100% de precisão, como os exames convencionais. E acreditamos que o mesmo acontecerá com as proteínas; algumas delas são usadas habitualmente para diagnóstico de câncer, como, por exemplo, tumor de fígado.

A equipe coreana está desenvolvendo atualmente uma lâmina com materiais reativos capaz de identificar químicos biológicos específicos. Assim os cientistas esperam que as telas táteis reconheçam diferentes substâncias biomoleculares. Como não é possível urinar ou colocar sangue na tela, a amostra seria aplicada numa banda, que será inserida no telefone ou num módulo adicional do aparelho.

Da Agência O Globo

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

INFORMAÇÕES SOBRE O TABLET

o que é tablet para que serve O Que é Tablet, Para Que Serve
tablet é um produto inovador que chegou ao mercado recentemente para inovar o perfil dainformática. O aparelho possui uma estrutura fina, compacta e pode ser levado para qualquer lugar de forma cômoda e viável, um exemplo de sua portabilidade. Pelo fato do tablet ser uma novidade no mercado tecnológico, há ainda muitas pessoas que desconhecem as funções desse equipamento.
A valorização do tablet como um produto de alta tecnologia começou mesmo após o lançamento do iPad da Apple. Sem dúvidas o produto surpreendeu com suas funções e design triunfante. Para muitos entendedores da área, o iPad não pareceu um grande avanço, principalmente porque ele aboliu da estrutura recursos fundamentais como a câmera integrada.
O tablet da Apple é uma mistura do notebook com o iPhone que resultou num equipamento original e compacto. Os usuários podem ativar uma série de aplicativos, armazenar arquivos, navegar pela internet com maior comodidade e assistir vídeos com qualidade gráfica impressionante.
O iPad também apresenta alta performance na reprodução de músicas e funciona como uma agenda para registrar compromissos. A capacidade de memória varia de 16 GB a 64GB para armazenar arquivos e oferecer portabilidade ao seu conteúdo virtual. É importante lembrar que o iPad é um dos principais modelos de tablets e serviu de exemplo para muitos outros produtos que chegaram ao mercado posteriormente.
Algumas pessoas ainda se mostram em dúvidas sobre para que serve o tablet, mas depois que são apresentadas aos recursos do equipamento, descobrem uma nova forma de interagir com o mundo virtual. O tablet, tanto da Apple como de outra marca, tem uma tela sensível ao toque (touch screen) que facilita o acesso aos comandos. O design permite uma perfeita visualização do conteúdo e garante praticidade no transporte.
O tablet reforça a proposta de computador pessoal e inova o catálogo de produtos das principais fabricantes de tecnológicos. A Samsung, Motorola e Dell já lançaram modelos de tablets sofisticados e recheados de funções que estão fazendo sucesso no mercado.
Agora que você já sabe o que é um tablet, pesquise os preços dos produtos e aproveite as ofertas das lojas.

sábado, 14 de janeiro de 2012


Uso de e-mail e celular será horas extra
Makcion Muller
Especial para o Jornal de Fato

A tecnologia está incorporada no dia a dia de qualquer profissional. A combinação dessas novas ferramentas com o crescimento e desenvolvimento da economia, pode acrescentar trabalho ao empregado fora do seu local habitual. No final de 2011, a presidente Dilma Rousseff sancionou uma lei que acaba com a barreira de trabalho realizado dentro da empresa, e à distância. As ferramentas que entram em discussão é o e-mail e o celular.
A legislação, que modificou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), diz que o uso do celular e e-mail para contato entre empresas e funcionários, fora do local e do horário de trabalho, é contado como carga horária ou hora extra. O Consultor de empresa de Mossoró, Rafael Demetrius, acha a lei pertinente, mas acredita que cabe ainda a necessidade da regulamentação e da fiscalização, para ter um controle dessas horas adicionais, ou a criação de um valor adicional, como a periculosidade, a ser pago pelo uso dessas ferramentas.
Demetrius também explicou que os profissionais estão habituados a deixar o telefone e a caixa de e-mails sempre abertas, para resolver problemas após o horário de trabalho, o que acarreta o recebimento de horas extras no fim do mês. "Um médico, por exemplo, pode atender alguma solicitação, retirar dúvidas e fazer exames clínicos por telefone", diz.
O empregado deve ter cuidado como irá utilizar essas duas ferramentas. Demetrius orientou que o profissional deve utilizar com sabedoria. Durante o horário normal de trabalho é recomendável sempre manter o celular em área e carregando, além do constante acompanhamento da caixa de entrada, e sempre responder com rapidez e excluindo e-mails desnecessários, para não sobrecarregar a caixa de entrada.
O advogado especializado na área trabalhista, Josimar Nogueira, também orientou ao empregado a saber utilizar esses meios, para fazer horas extras. "Na maioria dos casos, o empregador terá um controle total das atividades que o empregado irá realizar fora da área de trabalho. Dessa forma, o mau uso do e-mail e do celular pode se configurar um grave problema para o empregado. Algumas empresas oferecem celular para os funcionários e, em hipótese alguma, esse último poderá utilizar este equipamento para outro fim. Já o e-mail quando é profissional, ele tem um acompanhamento por programas que verificam sua utilização. Em caso de deslize do empregado, pode acarretar sua demissão da empresa", disse.
O empregado pode comprovar essas horas extras através dos registros. Demetrius explicou que essa comprovação pode ser feita através dos minutos e horários das ligações das chamadas telefônicas fora do horário normal e do horário de envio de e-mails.
Josimar orientou que o empregado deve fazer em situações que tenha comprovado essas horas extras de trabalho e, mesmo assim, o empregador não queira efetuar o pagamento. "Nesses casos, o funcionário não deve discutir. Ele deve recorrer primeiramente ao Ministério Público e efetuar uma reclamação trabalhista. Argumentando que realizou trabalhos em casa da empresa através do telefone e do e-mail e portando as provas que comprovem essas horas extras", concluiu.

Trabalhadores apóiam a novidade aprovada em lei
A aprovação dessa lei tem gerando opiniões diversas entre os funcionários e patrões. Rondinele Freitas trabalha em uma imobiliária e o uso do celular e do e-mail no seu trabalho é indispensável, por que os clientes buscam atendimento em qualquer dia e qualquer horário. "Eu utilizo bastante o celular para realizar trabalho fora da empresa. Onde eu trabalho cada funcionário tem um celular empresarial, o qual utilizamos tanto no horário normal e em horas extras. Já o e-mail eu também utilizo bastante, principalmente no fim da noite quando chego a casa e abro minha caixa de entrada, e vejo inúmeros e-mails de clientes", diz.
Freitas confessou que não tem horário para atender os clientes e o trabalho dele se estende até mesmo nos feriados. "Todos os dias quando eu estou fora do meu horário as pessoas me ligam, atrás de informações e até mesmo de visitas. Acontece muito dos clientes me ligarem no horário de almoço, nos fins de semana e até mesmo nos feriados. Um dia eu estava na aula na universidade e um cliente me ligou em busca de esclarecimentos em relação a uma compra. Eu saí da sala e fique atendendo a pessoa e o atendimento durou muito tempo, acabei perdendo minha aula", relatou.
A lei sancionada pela presidente Dilma vem garantir o pagamento desse trabalho que é feito fora do local de trabalho. Freitas concorda plenamente com a lei. "É justo que sejam pagas essas horas extras. Quando atendo a um cliente pelo celular ou pelo e-mail, eu estou trabalhando, não na empresa, mas estou tentando vender o produto da mesma forma", concluiu.


PARA OS INTERNAUTAS


-Taís Luso de Carvalho
Pouca gente sabe que 78% das empresas usam um software para filtragem de conteúdos dos micros de seus empregados. É um tipo de Raios X da Web no dia-a-dia do trabalhador.
Um em cada cinco funcionários passa mais de 10 horas por semana usando a Internet para fins pessoais. E estão sendo vigiados!

É prática de quem usa a Internet ficar com sua caixa de correspondência transbordando de mensagens (pps), piadas, correntes, pedidos de ajuda financeira, desaparecidos etc e tal. E isso no computador do trabalho.

Imaginem esse arsenal enviado aos milhões! Tenho uma amiga que sua caixa do yahoo (cujo espaço é ilimitado) está com mais de duas mil correspondências, entre mensagens e e-mails. Se fosse meu - o computador - acredito que eu estaria em estado de coma. O Internauta novo - eu já fui uma - adora mandar e receber correspondência, mas com o tempo isso vai diminuindo. Passamos a selecionar o que pretendemos abrir. Sei que o entusiasmo inicial é grande; é a facilidade de dizer ‘oi, como vai você?’ e de querer dividir coisas interessantes ou engraçadas com os amigos.

Mas, a Internet é faca de dois gumes: por um lado é magnífica: achamos de tudo, e até textos de uns atribuídos a outros... Os escritores novos têm oportunidade de ouro, podendo participar de sites ou tendo seu próprio blog. Por outro lado, a exposição é grande, principalmente no Orkut onde se sabe quem está com quem, de onde somos e para onde vamos. É algo altamente ‘filosofal’: papo cabeça.

O computador não é um meio seguro como muitos pensam: há um software no mercado, como falei acima, cuja função é delatar e mostrar o que sai e o que entra no seu computador. Somando isso aos hackers, que entram muitas vezes através de sites, de e-mails ou de serviços que vendem nosso endereço, nossa vida pode virar um livro aberto. E dizer que com toda essa insegurança tem gente que paga suas contas através da Internet, teclando a senha de sua conta bancária, heim?

Senha não quer dizer sigilo absoluto, portanto, tomem cuidado no trabalho ou nas Lan houseCyber café ou onde um PC é usado por centenas de pessoas e que, muitas vezes esquecem de clicar no sair do seu provedor.

Sabemos que o e-mail é o principal meio de comunicação do século, porém, é como telefone público ou como celular, muitas vezes causa irritação nos outros. E entram na nossa vida sem pedir permissão, como por exemplo, no caso dos spams. Cada vez estou mais atenta e policiando meus dedinhos... Aliás, estou mantendo, a ferro e fogo, a promessa de que às 18hs fecho meu computador.

Há vida fora de um micro!

O VÍCIO DA INTERNET

- por Tais Luso de Carvalho


Acho a Internet sensacional: permite a comunicação com pessoas, mandamos e-mails para simplificar as coisas, ampliamos o circulo de amizades, entramos em quase todos os países, somos lidos, tudo é democrático. Quantos nunca tiveram a oportunidade de ver seus textos publicados por serem autores novos e desconhecidos? As editoras só querem publicar autores que dão retorno, sabemos disso. Hoje, quem gosta de escrever tem oportunidade na web, assim como os artistas têm oportunidade de divulgarem seus trabalhos. Isto é ótimo.

Porém quero falar do vício, e que está sendo um desastre para muitos. Numa pesquisa na Inglaterra, um grande número dos entrevistados mostrou sinais de vício em telefones celulares, Blackberries e outros aparelhos em que podiam checar as mensagens de e-mails com frequência. Somos pessoas de hábitos e podemos nos viciar em muitas coisas. Assim como algumas pessoas são viciadas em drogas, em jogos e no tabaco, outras são viciadas em passar horas na internet.


Segundo os pesquisadores, as pessoas usam qualquer coisa, em demasia, para suprirem uma carência que têm na vida real. Assim nasce o vício, qualquer vício. E a internet não ficaria fora. Um levantamento realizado pela Universidade La Salle, nos Estados Unidos, estimou em 50 milhões o número de viciados em Internet naquele país; no Brasil não temos, ainda, uma pesquisa deste nível. De acordo com o Internet World Stats, 1,3 bilhão de pessoas usam Internet no mundo todo.


Os pesquisadores observaram que pessoas viciadas se levantavam várias vezes, à noite, para checarem seus emails e mensagens de texto. O vício em tecnologia pode levar a problemas de relacionamento, principalmente quando o viciado se afasta da família. As pessoas ficam muito ansiosas longe de seu celular e de outros aparelhos e, quando se dão conta, já é tarde.


O mais assustador neste vício, são pessoas que morrem por permanecerem por longo tempo na frente do computador. Isso se deve ao fato de haver certas doenças que se desenvolvem pela permanência em uma determinada posição; uma dessas doenças é a Trombose Venal Profunda, que pode evoluir para uma Embolia Pulmonar, e por fim levando o individuo à morte. Estudos realizados nos Estados Unidos revelam que de 6% a 10% dos aproximadamente 189 milhões de internautas americanos sofrem deste mal.


Exemplos surgem a todo momento: um advogado - bem sucedido - acabou com sua carreira e sua família devido ao mau uso da Internet; uma dona de casa acumulava montanhas de lixo dentro de casa, comia defronte do computador e adormecia nas salas de chats, enquanto outra nem banho tomava mais... E existem milhares de casos espalhados pelo mundo inteiro de casais se separando por usarem, sem cautela, os sites do Orkut, msn, salas de chats, intimidades na rede, etc. Não sabemos as intenções de quem está do outro lado; até podem ser boas, inocentes. Como também o contrário.


No Brasil a Internet é usada por 59 milhões de internautas. Nós, brasileiros, somos os que ficamos mais tempo online, segundo o Ibope/NetRatings, pesquisa incluindo 10 países, inclusive Japão e Estados Unidos. Passamos horas experimentando e adotando novas tecnologias. Adoramos nos socializar na web.


O difícil da coisa é ter o comando de nossa vontade. Somos por demais obstinados quando gostamos de algo. O que não é dosado, vira vício. E aí começa a luta: largar um pouco para não largar tudo; não podemos deixar de viver em função do virtual.


A máquina mais perfeita, a que tem características próprias, que é única, é a ‘máquina humana’. Somos o computador mais completo: além de inventarmos o outro, ainda somos ternos, amorosos, criativos, sensitivos e pensantes. E acho que nossa máquina merece mais cuidados. Nosso tempo é contado. E nossos erros não serão descontados.
Encontrar o equilíbrio é uma das coisas mais difíceis.

 (Importante: esta crônica foi escrita em 2008. Após esta data, os dados já serão outros!)

A INTERNET E SUAS MALUQUICES


- tais luso de carvalho

Confesso a vocês que, ao abrir minha caixa de e-mails, diariamente, muitas vezes tenho uns chiliques: não sei se desmaio ou se enlouqueço! Recebo mensagens muito bonitas, mostrando cidades, arte... Mas alguns e-mails quase me matam: vêm com aquele ‘URGEEEEEEEENTE’ que me leva a pensar que estourou uma guerra, um terremoto se aproximando, um ciclone que levará tudo pro brejo... Mas nada disso! Apenas um aviso de um possível vírus no meu computador, e que poderá vir num link de e-mail. Mas os novatos, aqueles que estão iniciando sua jornada de internautas, pensam que isso é coisa nova. Há muitos anos que recebemos estas mensagens que se repetem. E macaco velho sabe que não pode abrir o que não conhece.

Recebo muitos textos atribuídos a autores errados; também recebo alertas sobre roubos, estupros, contas bancárias a renovar - que nem são do meu Banco, avisos emitidos por um órgão público, assaltos no Caixa Eletrônico e doenças de todos os tipos: aliás, estou formada em doenças!

Sinto algo dramático, caótico; parece que alguma coisa está por explodir em meu corpo. Guardava tudo na pasta do provedor para possível consulta; estava ficando neurótica. E excluí todos. Centenas de avisos e alertas. Ligo a televisão: tragédias das mais variadas e seqüestros relâmpagos! Mas que mundo é este? Não existem umas coisinhas mais leves, de mais fácil digestão?

Entro num Banco, pareço mais com o guarda em alerta máximo, do que propriamente uma cliente; entro na porta giratória, a porta tranca e entro com a cabeça no vidro: era o meu celular. A fobia é algo que vai se alastrando e não nos damos conta. Está tão presente em nossas vidas que chega a ser cômico. Lembro do aviso - pela Internet - para não falar com ninguém, cuidar ao digitar a senha, cuidar ao sair do Banco, cuidar ao descer do carro, e andar com os vidros fechados. Tenho medo de estar delirando.



Recebi, há pouco tempo, uma matéria falando de nossas bolsas e de possíveis contaminações. (matéria assinada por uma conceituada doutora). Matéria forte, me lembrou terrorismo. E não sei mais o que fazer com minhas bolsas.

É lógico que levo minha bolsa para o banheiro do restaurante, sanitários dos shoppings, nos bancos dos táxis, repartições públicas, nos laboratórios, hospitais... Enfim, onde todos tossem, espirram e cospem.

Todos estes lugares estão infectados por milhões de bactérias que passam pra bolsa e podem transmitir infecções cutâneas, infecções oculares, infecções do aparelho digestivo, infecções respiratórias... Como carregar minha santa bolsa sem tocá-la, doutora?

Dizem que viver é uma arte, mas é muito filosófica esta definição; viver é um perigo, falando curto e grosso! Acho que vou cuidar mais das coisas da Internet, tá muito dramático o negócio: mandam a bomba e não enviam a solução!

A BULA, doutora! Mande a profilaxia, os efeitos colaterais ao usarmos a bolsa; as indicações e precauções; como agir, e se deve ser mantido fora do alcance das crianças; mande os sintomas e orientação médica.
Mande a solução, doutora!